O que inspira o toque do vinho em minha
boca é a arte viva que explode nos poros de sua pele. A leve queda de meus cabelos não está à
altura do brilho de meus olhos. As vestes sujas e amassadas da guerra que
passou já não valem um tostão. O cheiro de madeira queimada é o que ilumina a
nossa noite. Feliz sou eu por ter o que ser diante desse mar de gente sã. E
aplaudo com fervor a luz que nos reflete no universo fazendo nossa imagem ser
eternamente presente. O compasso de nossa dança segue o fluxo do universo e a
nossa arte será sempre expansiva. Banhemos esse mundo perdido com a luz de
nosso amor para que floresça vida em nossa rua. Entorpecer-nos-emos com o nosso
brilho e seguiremos embriagados até que enfim viremos estrelas. Um brinde!
Gabriel
Lopes Sattelmayer