Se agonia fosse a palavra
certa para mostrar a intensidade dos meus momentos de espera, seriam sofridas
as minhas noites. Se o medo ilustrasse a minha falta de palavras, seriam indecisas
as poucas de me escapam.
Compartilhamos nossas almas
por mero desejo da carne e aqui estamos nós... Vivos! E por mais insanos que
nos considerem, somos o vento que um dia há de mover moinhos.
E se “a capacidade do ser
humano de criar interesse é natural”, naturalmente desejo me tornar parte de
você. Alimentar a força que não permite que o mundo se canse de girar. Seguir o
ritmo da inevitável transformação da qual fazemos parte.
Queria poder traduzir a
felicidade de senti-la passear em minhas noites repetindo nossas falas baixinho
para não acordar ninguém, mas há certas palavras que, concordo com você, por
mais que eu tente, não podem ser escritas, apenas sentidas. Mesmo não fazendo
parte do universo cognitivo da escrita, poderá você me sentir?
Te cuida!
Gabriel Lopes Sattelmayer