sábado, 7 de maio de 2011

O Lamento

     A intenção da primeira postagem era outra, mas infeliz ou felizmente, dependendo do referencial, tratarei de um assunto que me aflige profundamente e que eu sempre tive consciência, mas nunca havia sentido na pele. Restrição.
     Restrição que digo não diz respeito a lamentações adolescentes por limites impostos pela família que vedam convites para festas, vontades de tatuagem ou amores imperfeitos, até por que, sempre recebi conselhos ao invés de um “não”. A restrição a que me refiro é muito mais corrosiva e revoltante. É aquela que te priva da sua essência e te obriga a se apagar levando-o a beira de um abismo interno tão alto que chega a tornar reais os sentimentos agoniantes de falta de ar, por ser rarefeito e o gelar das mãos correspondendo ao medo de altura. Contudo, nem metáforas transpõem a corrosão psíquica do fato.
     Porém, no meu caso, essa restrição não é feita de forma direta. Na verdade, eu acho que o princípio de toda essa minha angústia é a falta de pessoas que realmente me conhecem ao meu lado. Aquelas que não é necessário falar muito para que elas percebam a hora de respeitar um momento seu, a hora que você precisa ser somente ouvido sem nenhum palpite ou julgamento e coisas do tipo.
     Nos últimos tempos, passei a valorizar muito eventos diários como: os pores-do-sol, as fases da lua, usar de paisagens bonitas para “colocar a cabeça no lugar” em momentos difíceis, recorrer a bons amigos para me distrair e conversas em plena madrugada depois de uma noite de rock, mas as circunstâncias e algumas escolhas retiraram isso de mim, me deixando atordoado.
     Esta postagem foi apenas um lamento na tentativa de colocar um ponto final nesse frenesi de pensamentos. Mas deixo aqui uma promessa: de lamentos, este será o único.
     Sem mais.


                                                                                                                            Gabriel Lopes Sattelmayer

Um comentário:

  1. Dê valor aos pequenos momentos e estes se tornarão de grande valor em sua vida.

    Parece mais coisa de biscoito da sorte mas juro que acabei de pensar nisso... xD acontece de vez em quando.

    Espero que não seja o ultimo lamento... sem lamentos não damos valor aos bons momentos, são os ruins que nos fazem valorizar os bons... e os lamentos é o que te fará sorrir mais quando eles passarem! =3

    Xeru dessa Pernambucana Arretada que te adora incondicionalmente! =*

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