sábado, 2 de julho de 2011

Intensidade

     Estou triste, desesperado! Não caibo no mundo e o mundo não cabe em mim. Estou no esboço do fim. Não vejo saída. Ausento-me. Escondo-me. Adormeço.
     O vento abre minha janela. O dia está lindo! Vejo pessoas rindo, contemplando o dia. Saio de casa correndo, desço as escadas, abro a porta. Que paisagem linda! Que felicidade! Que companhia! Perfeito! Volto pra casa. Penso. Reflito.
     Agora está ficando frio. Sinto medo. Estou feliz, mas sinto medo. Observo atentamente e então vem a dúvida. O que fazer? Fecho-me. O ambiente, apesar de frio é agradável. Ouço histórias, participo, mas não me exponho. Meus braços e pernas estão cruzados. Alguém nota e me aponta. Minha mão gela, meu coração passa a esmurrar meu peito. Canso. Parto.
     O caminho é escuro e silencioso. Escuto meus passos. Eles ecoam no ambiente. Meus pensamentos se embaralham. Entro em frenesi. Então tropeço, sinto dor, paro, me recomponho, me alinho, me conformo. Mas a dúvida me acompanha. Será mais uma de minhas maldições? Não, não há maldição.
     Hora da coragem! Ligo. Compartilho. Confirmo. Conformo. Conformo? Que nada! Conformar como? Não tenho esse controle! Nunca tive. Meu coração dispara novamente. Encolho-me. Sinto uma enorme dor. Porque de novo? Pergunta óbvia! E as suas experiências? E a sua maturidade? Haha! Tenho apenas 18 anos e tenho muito que aprender. Por hora contemplo a neblina. E amanhã? Ah! Amanhã é outro dia!

                                                                                                                            Gabriel Lopes Sattelmayer

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