quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vendedor suicida


Afugenta a paz de seus sonhos
Com uma dose alcoólica
De melancolia
E cria
À sorte de sua noite
O que seria a sua morte.

Rasga a página de sua alma
E vai dançar a estridente sinfonia
Da agonia
De ser mais um hipócrita
Em busca de alegria.

Deita ao lado de um metrô
E escolhe a dedo a sua vítima
Com seu desejo suicida
De trocar cigarros e bebida
Por falsas histórias de sua vida
E nada mais.


Gabriel Lopes Sattelmayer


2 comentários:

  1. A vida que nos suga
    e seus remédios que catalisando a reação.

    Necessárias anestesias.?.

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  2. O eterno Pagliacci ecoa aí. A ambivalência do sentir intensamente tanto cria como destrói. No entanto, como diria o Red Hot, destruction leads to a very rough road but it also breeds creation.

    Agora entendi o outro texto. De fato, as palavras são uma parte bem pequena da coisa.
    Quanto à faculdade, boa sorte. Minha pouca experiência em uma mostrou que o academicismo obscuro é a pior coisa para a mente, mas é muito frequente, sendo inclusive adotado pelos próprios alunos, como método edificante e infalível (para a alienação, só se for...).

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